segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dá Licensa de contar



Um "ídAlo" não precisa maneiras elegantes, fala nobre rebuscada, trejeitos socialmente aceitáveis...etc. Não mesmo.
Sêo Adoniran fala num tempo quando a família era um grupo de pessoas que tinham laços de convivência contínua e leal, quando ''fusíl'' era só um jeito errado de falar da pecinha que corta a energia elétrica de algum aparelho ou casa, de um tempo quando o samba era a coisa caseira, butecal.
Vão dizer que sou mais um saudosista de tempo em que não vivi, vão dizer que no fim é tudo cliché, sei la mais o quê.

Mas no fim, a simplicidade sincera é algo que não fascina só o matuto que aqui escreve. Não há como negar que ela destroi umas certas armaduras que as pessoas vestem pra enfrentar as convenções sociais. E la pelas tantas, no auge dum batuque, lá vai a linda patrícia mexendo os quadris inconscientemente, e o Sr. Dotôr tamborilando os dedos na mesa.


"O mundo é um trem bão demais. O homem é que estraga tudo" (Joaquim Borges)

" Lá no morro quando a luz da light pífa
A gente apela pra vela, que alumeia também (quando
tem)
Se não tem não faz mal
A gente samba no escuro
Que é muito mais legal (e é natural)

Quando isso acontece
Há um grito de alegria
A torcida é grande pra luz voltar
Só no outro dia
Mas o dono da casa
Estranhando a demora e achando impossível
Desconfia logo que alguém passou a mão no fuzíl
No relógio da luz
"
(A Luz Da Light - Adoniran Barbosa)

por G. Borges

2 comentários:

Taísa disse...

Simplicidade sincera é algo bom. Postei no meu blog que hoje tinha escutado a música Saudosa Maloca (Dicro e Bezerra da Silva), justamente pelo modo, pela verdade que transparece. Enfim, concordo com o que você escreveu.

Escute. Tonico e Tinoco.

Gabriella disse...

Que coisinha gostosa!