quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Breve Estória Meninística
Minha vida mudou (ponto).
foi aquele dia
e não me importa se alguem soube
a vida?
nao foi mais a mesma
depois do dia de 7 anos
O começo
eu olhei pro aparelho
era à pilha
uma tampa sobre as teclas
debaixo dela um paninho
veludo vermelho
Era de madeira clara
E entre sala e cozinha, uma cortina
de pano vermelho-barato
Com sabedoria infantil
Estranhei
Como uma casa tão simples
guardava um tesouro
de tã grandeza
grandeza-zã?
quis fazer promessa
pouco tempo faz
fazer dizer
com letras o que foi
o que senti
quando vi
aquele pianinho de brinquedo
que tocava de verdade!
ficamos minutoras, mêséculos,
parados naquele quartossala
Eu, o Pianinho e a dona Musga.
té atingir, em proeza infante
12 primeiras notas
da sinfonia "parabens pra você".
meu deus
meu deus
nunca me importou
se alguém soube
(acho que ninguem saberá)
o que foi aquele dia
o que foram uns outrozinhos
que mudaram meu rumo.
no meio de todos
ela deboxava d'eu
musiquinha.
por G. Borges
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2 comentários:
A emoçao do veludo vermelho. Eu posso até sentir.
Antes de mais nada: álbuns de Ping Pong! Caramba, eu amava esse ciclete!!!
E que graciiiiiiinha, você tinha um pianinho? Que doce! Minha avó materna sempre me disse, quando criança, que era um absurdo não me colocarem numa aula de piano porque eu tinha dedos longos e finos (sem piadinhas médicas, fazendo favor). Concordo com ela, inclusive até hoje. Mas quem sabe um dia... um dia... na minha futura casa... eu tenha um pianinho, pode até ser destes de brinquedo (tipo aqueles que a gente viu no shopping), e ensine e aprenda a tocar com o(s) meu(s) filhotinho(s).
:D
(Vale ressaltar que, além do piano, terei violão, violino, violoncelo, banjo, ukelele, guitarra, baixo, bateria, teclado, flautas de todos os tipos, gaita, e a tão maravilhosa harpa. Depois disso eu quieto.)
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