DES-VERDADES
Se por ocaso dentro de ti
parte boa ainda houver
mesmo morta por covardes
e pequenas mentiras
use-a de novo, ali
se algum gosto lhe couber.
Que d'eu mesmo
bem sei no breu regenerar
Minha ferida honesta é
De juiz-dotô nada me apeteço
Nem guardo o de falar
Sobreponho apenas minha pena
Por tuas tã pequenas
Desnecessárias desverdades.
Desnascidas deveriam-de.
G. Borges
Um comentário:
Eu tenho medo desse poema.
prontofalei
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