terça-feira, 30 de junho de 2009

Desgovêrno II


Desgovêrno II


nem num sei pronde me leva
o sonho estacionado ali na esquina
da janela acho que escuto
cadim da música dela

vão nenhum eu deixava
minha carruagem atulhava
de coisa minha propriamente
que nem espremido cabia
suspiro sequer de lua alheia

espaço que hoje sobra
um lado que vi vago
ali
esquerdamente no peito
grandezim me enxergo
nobreza formada de supetão
nobreza-zã.

num exercício de paciência
palermo que sempre fui
esquento a água até ver as bolhas
entorno café pelo centro
devagar...

rapidez me entontece,
tem vez.


G. Borges

3 comentários:

Taísa disse...

Atualizações constantes. Fantástico.

Eu conheço muitos poetas ruins, mas ocê num é deles.

Gabriella disse...

Eu vou ficar viciada (mais ainda) nos seus textos se voce continuar postando assim!

borges disse...

posso desenvermeiá/?? ;).
Tá, se eu soubesse que valia a pena colocar esses textinhos guardados, já teria feito há muito tempo. Como o cara-de-pau Mood tá ON, vou colocar um mais recente, até.