sábado, 8 de junho de 2013

Sonho de um fusca

Eram olhos de nem sei o que
Sei nem donde vieram
mecher comigo
Que quieto vim, quieto ia.
Ela era ELA.
Ela era ONA.

Cabelos de nem sei onde
De nem sei como: o vento pedia bençãos
Sol copiava tudo lá de cima

Nem sei donde vim
Que o pescoço logo quis
Cheiros e medos que tive
Medos que destive e toquei firme
Caos de Cinturas e Labios e poros e pelos agulhando o ar

Panos e mãos. Nús.
(Códigos meus, não repare
Não entenda.)

Nem sei quando
Mas rápido acordei.
Nem sei donde inventei
Fusca sonhando jaguares.

(GB)
08/06/2013
01:39

terça-feira, 12 de março de 2013

Horizontes

Meu ser é de distâncias
Ou aqui ou lá longe.

Nem num sei porque
Confesso, assim fico
qual criança defronte brinquedo de muito gosto
Num sei porque
Mundos outros me chamam em sonhos

Há sempre um mato que me vira p'atrás
Há agora um Horizonte também
Belo

Inda sim, minh'alma é de lonjura
Distante vivo aqui
Decerto... perto serei ao lá?

Com o Mestre Guima
Sonhava ter parecência
Nada tenho (ouso não)
Afora esse arremedo de sotaque de escrita.

Mas há um pequeno, riobáldico fato:
O De travessar sempre
Coisas e rios e tempos
E no meio nem num ver...

Travessando hei-me
Pero now
Vigiante de cheiros,
verdes sons e fortes gestos
De tudo que defronte me passar.

Atento agora sobremais
Que nunca.

G.B
10a12-03/2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Meu Chão

Minha Terra: É quando a luz do luar entope os olhos,
e perfura as folhas da mangueira da casa ao lado.
E na parede do meu quarto espalha marcas,
tal qual a fôrma untada esperando a massa.
Polvilhos fluorescentes de iluminar sonhos.
Raios peneirados e rabiscos de platina.

G.B
2012/02/19
00:44