quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Bonanza - They Call Me Trinity



#desisto-de-formatar-essa-merda-de-post#

F
az um tempinho eu queria falar duma semi-paixão jecal: Faroestes. Não que seja eu um cinéfilo pronto pra análise do contexto histórico-cultural que permeia os westerns. O fato é que trata-se de um gosto não muito antigo, e que ao mesmo tempo tem raízes de infância, quando fuçava em armários de tios e encontrava livrinhos de banca, sobre faroeste, todos com ilustração dos pistoleiros mais procurados nas capas...
Enfim, esse post já faz alguns meses, mas na memória fraca que tenho, é como fosse ontem.

BONANZA - THEY CALL ME TRINITY


Esse fim de semana foi uma grata surpresa . Constato que há em casa de um colega de trabalho(e aluno de Autocad) um tesouro: uma coleção completa de Bonanza!!

Após a aula, e um agradável almoço com a família (esposa, filho de uns 13 anos, e filha formanda em psicologia), meu colega pergunta casualmente se eu gostava dum faroeste. Um maldito "nuuu, gosdimais!" brota da garganta antes que eu desse por mim, como fosse dublagem de enlatados americanos, onde a fala sai antes da boca se mecher.

Tentei, imediatamente, disfarçar a emoção de ver a pilha de filmes(16 ao todo), mas aquele senhor demonstrou tanta satisfação no fato de eu gostar de faroeste, que eu larguei de frescura. Pisco o olho, e lá tou eu jogado no sofá, abusando da hospitalidade da família mais uma vez, vendo Terence Hill e Bud Spencer e suas estripulias em "They Call Me Trinity". Simples, claro e bruto, como deve ser um bom spaghetti western, ou qualquer outra coisa nessa vida.

Na cozinha, a mulher preocupada repreende o marido: "Bem, você já pensou se o menino não teria outras prioridades pro fim de semana dele? Fica insistindo pro coitado ver suas velharias!",


Não me dei ao trabalho de assinalar mesuras, o tiroteio já pipocava...aool.



G. Borges

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Trilha


Trilha

Porque encontra

o desprocurado no miudo das cores

Porque descansa o sono

que antecede a caminhada

Porque respira o som

da carruagem que vai


E pela senda vê que

de baixo

o penhasco não é tão alto

escalado porém

crescentemente nota

que é tanto quanto poderia ser


Estaturazã.


E sente que

o fôlego quase faltante

e na garganta um risco de lã

querendo roubar-lhe vidas

insípidos descoloridos são

desprezados quedam-se

Ante o ar desparticulado


O imaterial viajante

narinas adentro

De grama recém cortada.

O respiro inexistente


E por que prevê sombras da verdade

(oniricamente desdistantes)

É que dormirá o sono

curto e livre

do imberbe ser que

trôpego

recém andou pela prima vez.


26/10/2009

23:46


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Achados da Roça - VISITA

Eis uns trechos ali guardados, esperando o dia em que será feita ordem e progresso na bagunça das frases soltas que tento escrever.

"[...]
-Se acredito?
-Nem.
E nem descreio, modo que em desconfiância natural-constante hoje ando, torto na trilha daquela água. Porque o rio escorre pelo leito que pr'ele foi talhado, e inda sim trata de moldar, afundando - por ânsia própria de chegar ao MAR - a própria sua estrada...

E quando, infante em carro de meus pais, vi o leito de asfalto desaguar no mar pedroso onde agora vivo, consciência não tinha de quanto mal aqui toparia, nem da belezazinha safadamente amoitada em cantos-esquinas, quanto mais de...esse é um mar estranho, mano meu. Muito bem me fez a visita sua, lhe confesso, e num foi só requeijão caseiro e pelo café torrado, mas a lembrança mano, a lembrança[...] "

"[...]-Josino, o engenheirozim dotô, o fi do sêo Antônio, mesmo disse bunito das tais intermitências da vida, do tal gradiente, das diferenças de temperatura jogando calor dum lado pro outro, da esquisita pressão, que carrega liquido e gás pra lá e pra cá, e que só descansa quieta quando quedada em energia... Energia, tem negócio mais estranho?

Eeita, que moda inventei agora! Bubiça tanta. Há de que a fala solta vã, carrega muita sujeira de pensamento que, num fosse o silêncio antecipado tratando de limpar, espalhava toda pela voz e virava verdade na boca ruim. É porque penso bem do silênciozinho matutante, O Que Antecede [...]
"


Bão, antes que venham com aqueles emails altamente instrutivos que andei recebendo meses atrás, já aviso que nunca neguei meus 'ídalos' e reafirmo o convite para leitura do primeiro post desse lugar. E reforço que adoraria receber qualquer tipo de comentário, critica, ou xingamento, basta que haja fundamento, fundamento!. Té.

G. Borges

sábado, 3 de outubro de 2009

FALANDO E DIZENDO NADA.

Bão,

Épocas tensas tiram a liberdade da prosa boa e livre entre compadres. Assim também tiram
a permissão da auto-prosa, do pensamento solto e próprio.

E assim, ainda com partes boas acontecendo, não sobreveio ao matuto em questão a livreza de cabeça necessária para escrever algo novo aqui. Tenho planos de matutâncias guardados, mas nenhum se dispôs a sair dos flashes cerebrais pra virar um textim qualquer. Tenho a matutância pela descoberta do lado filosófico da engenharia, de como a danada anota a vida no meio dos seus 'modelos'. Hei de reclamar do trabalho(que ultimamente não tem me satisfeito como antes), da escola(só pra não perder o costume), do tempo que já foi e era bom. Quero falar da terrinha que não vejo à quase 3 meses(devo bater o recorde), de um vilarejo que não vejo a quase um ano e de coisas que inquietam as camadas adentradas dum jeca. Tem um raio dum post que escrevi início do mês, no notepad ou no oneNote, mas não acho o trem também.

Até lá, treino a paciência. Hora tem que o parafuso pensador gira, descamba a carreira de letras faltantes e liga os flashes isolados de ideias bobas que tenho. Antes disso, me enrolo num silêncio semi-vazio, semi-pensante, espio e observo. Quando um mestre meu me ensinava a técnica, caindo de gargalhadas desmedrosas, eu não gastava tempo discordando: ria também.

"J: É preciso comer bem meu neto, mas guarde um pouco pra brusundanga."
"G:Brusundanga é a sobremesa vô?"
"J:Tsc tsc tsc, não meu filho, é a cachorra da vizinha"