quinta-feira, 12 de março de 2009

DES-VERDADES.

DES-VERDADES


Se por ocaso dentro de ti
parte boa ainda houver
mesmo morta por covardes
e pequenas mentiras
use-a de novo, ali
se algum gosto lhe couber.

Que d'eu mesmo
bem sei no breu regenerar
Minha ferida honesta é

De juiz-dotô nada me apeteço
Nem guardo o de falar
Sobreponho apenas minha pena
Por tuas tã pequenas
Desnecessárias desverdades.

Desnascidas deveriam-de.


G. Borges

Um comentário:

Gabriella disse...

Eu tenho medo desse poema.

prontofalei