domingo, 21 de dezembro de 2008


Viagem do guerreiro.

Por um momento, já no quase-fim,
pensei: fosse chover quando terminasse
e ele se livrasse das correntes de plástico.
Inocência minha, pensar que tanta alegria
virasse choro apenas por se desprender desse mundo.

Que no fim (e começo, eu sei) vi um sol agradável
com gotas d'água vindo não sei de onde
Ali eu ri pensante: "-Chuva doida, artes estranhas."
Sim, meu velho, eu (só) ri de tudo que me disse.

Pela honra: Um o lugar ao teu ombro
Lanças e escudos na trincheira
Cento e trinta e três sóis
sem pestanejar, lutamos cabis-altos

Que depois do fim
Ou começo
Quando, às 9 da matina,
fazia um arco íris.

Pelas aulas, obrigado.


A Joaquim Borges, mestre-vô, mestre-de-vôos.

G. Borges.

2 comentários:

Taísa disse...

Que bonito. Eu nao tive a honra de ter um avô. Deve ser algo extraordinário.

Gabriella disse...

Ah, eu tava doida pra ler esse livro, mas nem vou baixar agora porque sei que vou aprontar berreiro (a TPM chegou um dia antes).

Meu avô paterno morreu nos braços do meu pai quando ele (meu pai, né, oi) tinha 17 anos. Curioso é que, no ano que ele fez 19, minha mãe nasceu. =p

Meu avô materno morreu em 2000, infelizmente só tive mais contato com ele quando eu era beeeeeeeem novinha... então lembro pouco. Mas você teria adorado o vô Miguel, ele era extremamente da roça. Minha mãe puxou muita coisa dele, e ela - sempre que pode - fala ou lembra de alguma coisa. :)

*dá abraço*